A Cooperativade Viticultores e Olivicultores de Freixo de Numão
foi fundada no ano de 1957 por um grupo de lavradores
que viam as suas uvas mal pagas e o povo explorado
pelos Srs. Compadres daquela época.

Fundada com o nome de Adega Cooperativa de Freixo de Numão, nome que se prolongou até ao ano 2000, data da construção de um lagar ecológico, utilizando a tecnologia mais avançada, criando assim a secção de Olivicultura. Passou nesse ano a denominar-se Cooperativa de Viticultores e Olivicultores de Freixo de Numão.

A Cooperativa abrangia inicialmente as freguesias de Freixo de Numão, Santo Amaro, Mós do Douro, Murça do Douro, Seixas do Douro e Touça. Atualmente engloba todo o Concelho de Vila Nova de Foz Côa e concelhos limítrofes.

A Cooperativa tem uma média de produção de 3.000.000 litros de vinho das melhores castas e com uma qualidade por todos apreciados. Produz vinhos brancos e tintos. Apresenta uma cota de produção anual de 200 toneladas de azeite virgem, considerado um dos melhores do mundo tendo já obtido diversos prémios a nivel regional, Nacional, Ibérico e Mundial destacando-se o 2º prémio Mundial – Mário Solinas e o 1º prémio Mundial em Jaene Espanha. Produz ainda um Licor de Uva único no mundo denominado “Numantinu” muito apreciado tanto como aperitivo com digestivo.

A Cooperativa ao longo da sua existência foi-se modernizando estando apetrechada com toda a tecnologia exigida para uma boa produção e conversão dos seus produtos. Tem implementado o sistema de HACCP, garantindo assim a total higienização em todas as suas secções. Possui ainda uma secção de combustíveis para fornecimentos dos seus associados e não só.

Em colaboração com o IFAP e a Confagri possui um balcão verde para dar assistência aos seus associados no que respeita a pedidos de subsídios e preenchimento de toda a documentação.

Nascida a 19 de junho, 1957

Esta Cooperativa viu a luz do dia em 19 de Junho de 1957, e foi chamada "Adega Cooperativa de Freixo de Numão, SCRL", conforme escritura lavrada no Cartório Notarial de Vila Nova de Foz Côa. Os seus Estatutos foram aprovados por Alvará firmado pelo então Ministro da Economia, Ulisses Cortês, em 23 de Agosto do mesmo ano.

Deu os primeiros passos com 12 fundadores, em breve tinha uma trintena de cooperantes e em 1959, primeiro ano da sua laboração, recebeu 240 mil quilos de uvas. A criação desta Cooperativa surgiu em boa hora, pois muito tem contribuído para a valorização qualitativa da produção vinícola e para a dinamização da vitivinicultura da sua área de acção. Assim, neste capítulo, a Cooperativa tem, actualmente, uma produção média de 1.800.000 litros de vinho de mesa (pasto) e 1.5000.000 litros de vinho generoso. Possui uma capacidade de armazenagem de 1.200.000 litros em cubas, 2.000.000 em balões e 1.500.000 em cubas de inox.

Figurando sem favor e com destaque nas cartas de vinhos de muitos e bons restaurantes nacionais, sendo também possível adquirir vinho desta Cooperativa em diversos estabelecimentos do País e fora dele.

Atenta às necessidades dos seus associados e da região onde se insere, alargou a sua actividade ao sector da olivicultura e aqui tem vindo também a averbar muitos pontos, dados os seus objectivos ecológicos e a sua preferência por meios técnicos que em muito valorizam os seus produtos. Para tanto, adaptou e alargou as instalações, tendo a funcionar exemplarmente uma "Secção de Olivicultura" Consequência inevitável do seu crescimento, a Cooperativa vem alargando o seu campo de acção e passou a denominar-se "Cooperativa de Viticultores e Olivicultores de Freixo de Numão, CRL", podendo dizer-se que atualmente averba pontos altos em resultado da constante melhoria da qualidade dos seus produtos, no que se pode considerar verdadeiramente modelar.

Frutificação da oliveira

A nossa região, constituída por solos xistosos de pouca espessura e deficientes em matéria orgânica, aliados ao clima quente e seco do verão e às baixas temperaturas do inverno (que impedem o desenvolvimento da maioria das pragas e doenças) proporcionam um ambiente rústico, mas favorável para o crescimento e frutificação da oliveira.

As variedades predominantes nos olivais são a Madural, a Verdeal Transmontana, a Cordovil e a Cobrançosa que originam um azeite típico de elevadas qualidades organolépticas e nutricionais, valorizadas mundialmente.

O Azeite Casa Grande

Quando esta Cooperativa apostou na produção oleícola fê-lo com muita seriedade e a maior responsabilidade, a par de uma grande ênfase no que respeita aos processos de produção. Está hoje bem à vista de todos a importância da sua opção por uma linha de extração biológica. O azeite que sai desta Cooperativa tem, à partida, a garantia de uma excecional qualidade, sendo um dos melhor azeite do país.

Classificado como "azeite virgem extra especial", tem uma cor amarela-esverdeada e cheira a azeitona fresca, revelando-se o seu gosto hamonioso com pequenas sensações e picante e amargo, sendo o final longo e persistente. Tem apenas 0,5 % de acidez e numa escala de 1 a 9 pontos, foi classificado em 7,5.

Prémios Internacionais

O Azeite Casa Grande, foi premiado com o 1.º prémio para a Qualidade do Azeite Virgem Extra – Frutados Maduros, numa das Feiras Internacionais mais importantes, ligada ao sector do Azeite e Afins “EXPOLIVA 2003” em Jaen Espanha.

De salientar que participaram neste concurso 61 produtores de Azeite Virgem Extra de vários países mundiais, entre os quais, Espanha, França, Argentina.

A Cooperativa conseguiu tornar-se numa referência nacional e internacional pela sua capacidade de organização, inovação, metodologia e técnica utilizadas na produção e comercialização, não só pelos prémios alcançados, mas pelo reconhecimento de uma dinâmica forte, perseguindo sempre uma linha orientadora estratégica que passa por atingir os níveis máximos de qualidade.

Recepção, limpeza e conservação de azeitona

A azeitona que chega ao lagar trás sempre uma quantidade variável de impurezas, terra, que terão de ser eliminados evitando-se assim alterações depreciativas nas características organolépticas do azeite. A máquina desfolhadora através de uma forte corrente de ar, separa as impurezas, retendo o material estranho mais pesado e conduzindo a azeitona limpa para o lagar. A renovação da água de lavagem é feita diariamente. Uma vez lavada, a azeitona é pesada. É durante esta fase que se procede á recolha de uma amostra de azeitona (2 kg aproximadamente) a ser analisada em laboratório.

Depois de limpo e pesado, é necessário armazenar o fruto até à operação da moenda. Este tempo de espera não supera as 24 horas, tentando-se evitar o amontoado da azeitona que contribui negativamente para a alteração do fruto (subida da acidez, bolores, cheiro desagradável). O laboratório está equipado com tecnologia que permite um completo controlo do sistema de produção. Tendo em conta o estado da matéria prima, com o fim de produzir azeite virgem extra com os mais altos parâmetros de qualidade. A análise da matéria-prima consiste na determinação do rendimento em azeite ( kg de azeite em 100 kg de azeitona) e acidez da azeitona pelo método Autelec.

A análise do produto final é efetuada pela análise sensorial e acidez do azeite mediante os processos indicados no Regulamento Comunitário, relativo ás características dos azeites e os óleos de bagaço de azeitona, bem como aos métodos de análise relacionados. A verificação do subproduto bagaço de azeitona dá informações do teor de azeite não extraído e é efetuada pelo método Autelec.

  • Cooperativa de Freixo de Numão
    Lugar das Olgas
    Estrada Nacional nº 324
    5155-203 Freixo de Numão
    Portugal